sexta-feira, 8 de maio de 2015

491 VIDAS CEIFADAS PELA FALTA DE GENTILEZA

Trânsito: 491 vidas ceifadas pela falta de gentileza 0 Trânsito 19:11 O trânsito sergipano matou menos em 2014 se comparado ao ano de 2013. Foram “apenas 491” mortes provocadas pela intolerância, arrogância e falta de valorização da vida. 117 famílias foram poupadas do sofrimento de sepultar seus mortos, jovens na maioria, já que em 2013 foram 608 mortes. Mas afinal o que precisa ser feito para que esta realidade seja alterada de forma a reduzir concretamente estas mortes? Tenho visto nas redes sociais manifestações interessantes sobre a dificuldade de convivência de ciclistas, corredores e pedestres nas ciclovias. Espaços que poderiam ser aproveitados e compartilhados sem problemas, mas não é o que vemos nas ruas mesmo destacando que estes atorem formam os grupos mais vulneráveis na cadeia do trânsito. A meu ver esta dificuldade aponta para o cerne do problema já que o homem está sempre à procura de um elo inferior para exercitar poder e mando. Assim, quando reclamamos da conduta dos grandes veículos que transitam como se fossem os donos da via, também vemos ciclistas andando em velocidade inadequada nas ciclovias, causando transtornos e muitos literalmente enfrentando pedestres até com reações violentas. Penso que está na hora do poder publico tratar a questão com mais seriedade e planejar ações efetivas que alcancem o jovem na sua formação inicial, além de fazer valer a Lei (CTB) quanto a formação mínima obrigatória, hoje tão desprezada pela sociedade. Baseado em pesquisa ibope de 2007, 6 a cada 10 motociclistas nunca passaram por um centro de formação, logo, seguem livremente oferecendo seus corpos a sorte e ao asfalto, lotando as emergências publicas e privadas, especialmente as internações e UTIs. Só teremos resultados importantes nesta luta contra as mortes, quando a formação alcançar as escolas, ainda que de forma transversal, como preconiza as resoluções do Contran. As escolas tem a alternativa de formar seus alunos durante o segundo grau desobrigando o adolescente de prestar a prova teórica do Detran, mas desconheço que qualquer Instituição de ensino do nosso Estado tenha se sensibilizado para esta possibilidade. Somado ao comprometimento das escolas, não é mais tolerável ver a omissão dos municípios que deixam de regulamentar o uso dos ciclomotores por medo do resultado das urnas. A irresponsabilidade dos gestores resulta no elevado numero de mortes que podiam ser evitadas se as pessoas se obrigassem ao cumprimento da lei. Formação, legislação e gentileza. O tripé que pode mudar a realidade precisa ser moldado na sensibilização pela gentileza e pela vida onde as pessoas estiverem. Famílias, empresas, igrejas, agremiações de toda ordem precisam fazer a discussão de como se antecipar e evitar acidentes, evitando o sofrimento das famílias que enterram suas vitimas. A vida vale mais sempre, e quando estou frente à situação de risco devo me antecipar aos outros, especialmente quando o outro for mais vulnerável que eu. Reduza a velocidade, dê passagem, pare para o pedestre e respeite ciclistas e motociclistas. Ficar reclamando, buzinando desesperadamente e ofendendo as pessoas em nada contribui para um trânsito mais gentil, ao contrário, serve apenas para demonstrar a sua indisposição em fazer a parte que lhe cabe Sydnei Ulisses é coordenador do Movimento Gentileza Aracaju

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