quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Minha História - Da roça ao mestrado

O Brasil evoluiu, há poucos anos cursar uma graduação em universidade publica era objeto alcançado pelos mais afortunados, restando às famílias menos abastadas o pagamento suado das universidades privadas. Com poucas exceções, nós, pais assalariados, nos conformávamos com as limitações e o rigor seletivo para o acesso as boas escolas.
Nos anos 60 ser filho de lavradores, sobretudo no nordeste, era a certeza de estarmos sentenciados ao trabalho da roça, especialmente nas grandes propriedades. Alguns mais ousados deixavam suas origens para ganhar as cidades que ofereciam mais oportunidades de sobrevivência.
Assim foi com Josino meu avô paterno que deixou os limites da Ilha do Ouro para apostar na formação e evolução de seus filhos na promissora Própria, as margens do Velho Chico em Sergipe. Também foi com Antônio, meu avô materno, que corajosamente partiu num pau de arara para desbravar a grande metrópole paulista batendo pregos como carpinteiro nas construções.
Nivaldo, filho de Josino, contra a vontade do genitor, partiu com Antônio, o sogro, para enfrentar o sofrimento reservado aos nordestinos, que se agrupavam nas construções e após o fim da missão do labor diário, viajavam horas para chegar aos mais afastados bairros da periferia paulistana.
Eu, parte da terceira geração desta história, não trabalhei na roça como Nivaldo nem conheci a rotina do vaqueiro e carpinteiro Antônio. Nasci em um prédio em construção no coração da paulicéia e cresci no bairro que chegou a ocupar o topo do ranking dos bairros mais violentos do mundo. Dos meninos nascidos nos anos 60 naquela região, pelo menos a metade morreu antes dos 18 anos. Tive o privilegio dos sobreviventes que resistiram ao crime e a repressão.
Também tive a possibilidade de ir além da formação primaria do Nivaldo e do analfabetismo de Josino e Antônio, embora lhes faltassem as letras, foram exemplos de sabedoria lembrados com muito carinho e respeito.
Chegamos a quarta geração, os bisnetos de Josino e Antonio viveram a realidade diferenciada de tempos melhores, de estabilidade política e avanços democráticos, de acesso à educação para as parcelas mais representativas da sociedade. Os menos abastados passaram a concorrer compensando as deficiências do ensino publico com determinação e compromisso.
Assim, Vitor e Sydnei, meus filhos, dentre tantos descendentes desta família, chegaram as Universidades UFS e Unicamp para construírem suas carreiras, mas também para justificarem a história dos retirantes que acreditaram na evolução das gerações. Ambos foram aprovados em 2011 para Mestrado. Sabemos que estes jovens trazem consigo o reconhecimento à evolução do povo brasileiro e da importância dos homens e mulheres que dedicaram coragem, trabalho e coração para que fosse possível a formação dos nossos mestres e doutores.
Por óbvio, se por opção fizéssemos este relato a partir da história das mulheres que formaram nossa família precisaríamos ainda de mais espaço para relatar a grandeza e o amor dedicado aos maridos, filhos, netos e bisnetos. Com elas aprendemos que a luta não pode prescindir de ternura e esperança renovada a cada dia.
Sydnei Ulisses de Melo, um brasileiro que acredita no Brasil.
sydneiulisses@gmail.com - www.sydnei-ulisses.blogspot.com

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CONSUMIDORES LARGADOS A PROPRIA SORTE

Bom seria se pudéssemos acreditar nos preços afixados em gôndolas e corredores dos supermercados, às vezes com cartazes ostensivos anunciando promoções de produtos. Em Aracaju, afixar um preço e cobrar outro no caixa, quase sempre não percebido pelo consumidor, é prática verificada em supermercados, especialmente em grandes redes que utilizam os “modernos” sistemas informatizados com leitoras de código de barras.
Quando o consumidor percebe e reclama, o desconto é dado no caixa para o individuo e a pratica simplesmente é mantida, em prejuízo dos demais consumidores.
Não quero crer que a prática seja com a intenção de auferir vantagem enganando consumidores, mas que ela existe e que as medidas para solucioná-la são discretas e ineficientes, disso eu tenho absoluta certeza.
Cansado de me sentir enganado, resolvi produzir provas fotografando e juntando tickets de caixa dando conta da prática que desrespeita profundamente os cidadãos e macula a boa fé de quem acredita que os sistemas informatizados de precificação são eficientes.
Em maio de 2011 fiz o primeiro registro de fato ocorrido no supermercado G. Barbosa Sul. Representei nos órgãos que formam o sistema de defesa do consumidor: Ministério Público, Delegacia do Consumidor e Procon. Para minha satisfação o Ministério Público iniciou um trabalho e cobrou medidas para correção da prática, o que não foi suficiente já que o problema perdura e está demonstrado em novas denuncias juntadas ao procedimento.
O Procon foi chamado a contribuir fiscalizando os supermercados e para infelicidade dos consumidores recusou-se a fazê-lo alegando falta de fiscais no quadro de servidores do órgão, o que reputo absoluto absurdo vez que estamos em uma capital e que o órgão deveria oferecer serviços adequados para referenciar as outras cidades do Estado.
O fato é que apesar do esforço da Promotoria, estamos largados a própria sorte, e que, especialmente na explosão de consumo do fim de ano, muitos consumidores serão prejudicados pela pratica nociva de cobrar mais do que o anunciado.
Resta-nos reclamarmos e sempre que possível, juntarmos imagens e cópias de cupons de caixa para divulgação nas redes sociais e envio ao Ministério Público do consumidor. Assim, vamos fortalecer o trabalho do órgão que está se esforçando para punir os que insistem em práticas que prejudicam os consumidores.
Exercitar cidadania cumprindo deveres e exigindo direitos é obrigação de todo cidadão, sobretudo dos que acreditam que é possível construir uma sociedade mais justa e verdadeira.
Sydnei Ulisses coordenou o Procon de Ribeirão Preto de 2001 a 2004 – sydneiulisses@gmail.com – www.sydnei-ulisses.blogspot.com

sábado, 19 de novembro de 2011

TRÂNSITO - CUIDADO COM AS BICICLETAS



Temos visto o numero crescente de bicicletas nas ruas das grandes cidades, fato positivo se considerarmos a redução da emissão de gases dos motores e os benefícios que a prática do ciclismo proporciona a saúde das pessoas.
Mas nem tudo são flores, sabemos, por exemplo, que o fenômeno está mais associado ao preço e a qualidade do transporte coletivo do que a conscientização das pessoas quanto ao meio ambiente ou a saúde.
Vemos também que o comportamento dos ciclistas é temerário e que muitos se expõem aos riscos de serem atropelados por não terem noção dos cuidados que precisam ter para estarem defensivamente nas vias. Vejamos o que diz o Código de Trânsito Brasileiro sobre comportamento dos ciclistas:
Diz a Lei que os ciclistas, se não estiverem em faixas próprias (ciclovias), devem transitar próximo ao bordo da via, transitando no mesmo sentido que os outros veículos e terão preferencia sobre os veículos automotores.
Diz mais, que são obrigatórios os equipamentos de segurança - a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
Para proteger minimamente o ciclista, o legislador previu como infração deixar de manter distancia lateral de segurança ao passar ou ultrapassar um ciclista, sendo 1,5m a distância mínima.
O que vemos nas ruas nada tem a ver com as regras de segurança, é absolutamente normal perceber ciclistas transitando na faixa de esquerda (faixa que deve estar desobstruída para ultrapassagem), na contra mão de direção, indo de encontro aos veículos, e na maioria das vezes sem qualquer tipo de equipamento de segurança.
A falta de equipamento é comum inclusive entre os ciclistas mais organizados, que saem em grupos e costumam respeitar o sentido do trânsito, mas estão sempre sem espelho retrovisor e luzes de sinalização.
Em Aracaju, propaganda recente do Detran mostra um ciclista transitando pela esquerda em uma ciclovia, sugerindo ainda que o veiculo automotor deva estar a 1,5m do ciclista, distância determinada para quando o ciclista estiver transitando no bordo de uma via sem ciclovia ou acostamento.
Os equívocos da propaganda deixam claro que os publicitários envolvidos na criação não foram orientados e estão confundindo os ciclistas que pouco sabem sobre as regras elementares de comportamento.
Uma campanha séria voltada a evitar acidentes e contribuir de forma efetiva para a conscientização dos ciclistas passa necessariamente por atividades em escolas dos bairros mais periféricos e por empresas que oferecem bicicletários como estímulos aos trabalhadores. A maior concentração de ciclistas está exatamente nestes lugares.
Sydnei Ulisses é instrutor de trânsito – sydneiulisses@gmail.com – www.sydnei-ulisses.blogspot.com


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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PESANDO NO BOLSO E NA LIBERDADE DOS INFRATORES NO TRÂNSITO



O INSS, por meio da Advocacia Geral da União, pretende propor ações de reparação para ter devolvido aos cofres do Instituto, valores pagos a titulo de beneficio às vitimas de acidentes de trânsito, provocado por motoristas irresponsáveis em situação de flagrante e inequívoco descumprimento do CTB Código de Trânsito Brasileiro.
O Instituto gasta R$ 8 bilhões por ano com o pagamento de benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão geradas por acidentes de trânsito. As ações começam a ser ajuizadas já em outubro e darão preferencia aos casos em que os acidentes tenham ocorrido por culpa ou dolo em situações graves, como dirigindo em embriaguez, alta velocidade, na contramão, sem habilitação.
Penso que por mais radical que pareça, tal medida pode ser especialmente pedagógica, sobretudo se associada a outras medidas que de fato punam os condutores infratores.
Por exemplo: A reparação dos gastos hospitalares de vitimas, decorrentes da irresponsabilidade de condutores, também poderia ser objeto de procedimento de cobrança, administrativa ou judicial. Assim, além de minimizar o enorme peso que os acidentes impõem ao orçamento da saúde pública, faria os condutores pensarem um pouco mais antes de saírem fazendo estripulias nas vias das cidades.
Suponho que o numero de acidentes com pessoas que transitam sem serem habilitadas deve ser expressivo, vez que pesquisa realizada em 2007 apontou que 60% dos motociclistas e 30% dos motoristas, estão nas vias sem habilitação e sem nunca terem passado por qualquer processo de formação.
E pela capacidade de fiscalizar demonstrada em Aracaju este quadro não deve sofrer alteração em curto prazo. Basta observar que as autoridades sem rendem ao absurdo e fecham os olhos para a circulação irregular e perigosa dos ciclomotores, agora agravado com a retirada dos sensores de velocidade (pardais). O Trânsito sem fiscalização vai ganhar notoriedade quando as estatísticas demonstrarem que mais sergipanos terão morrido em 2011 que nos anos anteriores.
Outra questão que precisa ser repensada é a prisão dos condutores decorrentes de acidentes. Vejo com apreensão que o anuncio de prisão em flagrante de motoristas contraria o CTB. Diz a Lei que nenhum condutor pode ser preso em flagrante se tiver prestado pronto atendimento á vitima do acidente, logo, penso que não se evadindo do local do acidente já está caracterizado a atenção e prejudicada a eventual prisão em flagrante, mas, com alguma frequência temos visto o anuncio de prisões divulgadas pela imprensa.
Penso que o CTB é especialmente generoso com os irresponsáveis, mas enfim, é a Lei. Se tivéssemos que alterá-la proporia que os casos de flagrante descumprimento da Lei como falta de habilitação, embriaguez, trânsito na contra mão e outras infrações inequívocas, permitisse a prisão do condutor por igual período ao da internação da vitima, sendo aceito fiança ou qualquer outro recurso somente após a alta médica hospitalar do cidadão prejudicado.
O que vemos hoje são pessoas hospitalizadas por longos períodos nos hospitais e os condutores irresponsáveis livres leves e soltos, transitando nas ruas das cidades beneficiados pela legislação que julgo moderna, mas que deve sofrer alterações capazes de produzir efeitos que pesem no bolso e na liberdade dos infratores.
Infelizmente é prerrogativa exclusiva da União legislar sobre trânsito, de outra forma poderíamos propor soluções caseiras para os problemas de Sergipe, de toda sorte nos dispomos a contribuir com qualquer iniciativa que objetive educar, conscientizar, mas também punir de forma mais eficaz os que insistem em descumprir as regras fazendo vitimas, muitas vezes fatais.
Sydnei Ulisses é instrutor de trânsito – sydneiulisses@gmail.com – www.sydnei-ulisses.blogspot.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Artigo - A FILA DOS BANCOS

Temos noticia que a prefeitura de Aracaju notificou o fechamento de uma agencia bancária por descumprimento da Lei do tempo de fila que não deve exceder 15 minutos em condições ideais. Penso que tal punição cairá por terra, mas só de imaginar a importância simbólica de a prefeitura enfrentar um banco na defesa da cidadania, já é extremamente importante.
Há poucos anos as agencias bancárias, sobretudo as dos bancos oficiais, ofereciam um grande número de guichês de caixa. As filas também eram grandes e demoradas, mas tínhamos a sensação do comprometimento das instituições com as pessoas que procuravam as agencias.
O advento da informatização bancária fez com que os bancos definissem estratégias para esvaziar as agências de pessoas menos interessantes, assim, os guichês de caixa foram retirados do andar térreo onde foi possível, especialmente nos bancos públicos. O número de caixas foi reduzido de forma exagerada e as pessoas passaram a ser obrigadas a utilizar os caixas eletrônicos.
O Banco Central até esboçou resoluções para proteger o consumidor bancário, mas nunca acreditei na seriedade das medidas. Por exemplo: Diz a resolução 2878 que nenhum cidadão pode ser impedido de fazer no guichê de caixa uma operação aceita no caixa eletrônico. Pois bem, desafio qualquer cliente do Banco do Brasil ou da Caixa Federal a pagar uma conta de luz, agua ou telefone direto no caixa, e vejam que não estou falando de pessoas alheias ao banco que também não podem ser impedidas, refiro-me aos clientes das agências.
Outro aspecto que me chama a atenção é de nunca ter observado qualquer manifestação dos sindicatos de trabalhadores sobre o descumprimento das regras mais elementares criadas para o setor, mesmo sendo óbvio que se os bancos se obrigarem a atenderem clientes como manda as regras, certamente muitos e melhores empregos precisariam ser criados.
As estratégias dos bancos deram certo, basta observar o que vem acontecendo nas lotéricas e pontos bancários, muitos deles com movimento incompatível com a estrutura e segurança do local, facilitando a vida dos marginais que se deleitam em seus atos de violência.
É comum observar idosos, analfabetos e semi-alfabetizados, as voltas com o uso dos caixas eletrônicos. As tecnologias exigem conhecimento e convivência com este tipo de equipamento, o que não é exatamente comum para muitas pessoas. Nestes casos a intervenção de estagiários e funcionários pode ser observada. A confiança destas pessoas vulneráveis é tamanha que já ouvi senhas secretas sendo anunciadas para o estagiário concluir a operação.
Os bancos vão continuar insistindo para que os clientes deixem as agências e limitem-se a internet e aos caixas eletrônicos. Cabe a nós consumidores bancários, sindicatos e poder publico, exigir o direito de ser atendido onde preferirmos com dignidade, eficiência e celeridade.

Sydnei Ulisses coordenou o Procon de Ribeirão Preto no período 2001 a 2004
sydneiulisses@gmail.com – www.sydnei-ulisses.blogspot.com

sábado, 27 de agosto de 2011

Dia do consultor de sonhos


Durante a vida somos levados às mais sérias decisões. Escolhemos a profissão, com quem queremos nos casar e trilhar a maior parte dos nossos dias, como educar os filhos. Enfim, são muitas e importantes decisões.
Também sonhamos em ser o melhor profissional, constituir família, ser bem sucedido financeiramente e passar dos oitenta anos muito bem, acompanhado por filhos e netos curtindo a vida com muita alegria.
Dentre os sonhos que construímos, um tem especial comprometimento de toda a família, o sonho de ter a casa própria, confortável, bem localizada, arejada, bem decorada e que nos proporcione a sensação de segurança e bem estar.
No dia 27 de agosto comemoramos o dia do corretor de imóveis. Aquele profissional que tem como obrigação ajudar as pessoas a fazerem a melhor escolha. A comprar a moradia dos sonhos sem tropeços e enganos, sem esbarrar nos trâmites burocráticos que todos sabemos como acontece.
Para ser um corretor de imóveis profissional é necessário o curso especifico técnico ou superior, o registro no CRECI, que se incumbe de coibir o exercício ilegal da profissão e de garantir que estes profissionais sejam assistidos, respeitados e valorizados no mercado.
Frente a obrigações tão relevantes, é importante que a sociedade reconheça e valorize a existência destes profissionais que dedicam os seus dias a realização dos sonhos de famílias brasileiras com responsabilidade e compromisso.
Neste dia 27 de agosto cumprimente o seu amigo corretor de imóveis e lembre-se: Na necessidade de vender ou comprar um imóvel, contrate um profissional apto ao exercício de realizar o seu sonho.

Parabéns a todos os colegas corretores de imóveis!

Joselita Melo é corretora de imóveis – creci 1767pf joselitamelocorretora@gmail.com

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cidadania - “Atentados” marcaram o dia 20 de agosto em São Paulo e Sergipe


Assim fanáticos por bons livros definiram a ação que tomou os bancos de praça, pontos de ônibus, praças de alimentação e balcões de toda ordem. A operação consistiu em retirar livros já lidos das estantes de casa e fazer com que outras pessoas tivessem contatos surpreendentes com as obras.
Tarcisio Mota, um dos lideres do movimento e fanático por poesia, espalhou nas redes sociais a intrigante proposta que chegou a Sergipe no perfil de amigos distantes. Imediatamente à publicação, a proposta do escritor encontrou guarida nos PCs e nos corações destes amigos.
Assim se deu a trama: Fomos orientados a retirar obras de boa qualidade das estantes, após a necessária dedicatória devíamos procurar um local adequado e propicio para facilitar o acesso a um leitor potencial. Pronto... Agora restava deixar a obra ao alcance da vista e da mão de alguém e sair do local sem ser notado.
Certamente a consequência de operações dessa natureza é surpreender e estimular a pratica da leitura de forma criativa e diferenciada. Temos noticias que em Osasco – SP, outra fanática, Cintia Sales, comandou a operação que atingiu muitos leitores, não é conhecida a identidade das “vitimas”.
Em Aracaju, capital do pequeno Sergipe, a estratégia dos “atentados” ficou por conta de Joselita e Sydnei, ambos influenciados e amigos do comandante Tarcísio que operou na capital Paulista. Segundo os fanáticos, após a dedicatória em cada livro, com exceção de um exemplar entregue diretamente, outros foram deixados em locais públicos para serem alcançados.
Ainda em Aracaju os estrategistas de plantão estão espalhando, nas redes sociais, noticias e convites para que outros fanáticos juntem-se ao movimento de propagação da leitura e saiam distribuindo publicações aos quatros cantos da cidade.
Em São Paulo ou em Sergipe, os integrantes do movimento acreditam que é possível promover o hábito da leitura e consequentemente alcançar melhores níveis de formação e cultura das pessoas.
Quem se interessar pelo movimento pode se juntar ao grupo ou simplesmente tomar a iniciativa seguindo os seguintes passos (sugestão): Retire o livro já lido da estante, faça uma dedicatória.
Deixe o livro em local de trânsito de pessoas. Exemplo: ponto de ônibus, mesa do restaurante, balcão de atendimento, enfim, de forma que alguém o encontre facilmente e entenda o propósito.
Apenas para ilustrar veja a dedicatória mais usada em Sergipe: “Amigo, este livro não está aqui por acaso, não o perdi, ele foi separado para você, leia-o e faça proveito dos ensinamentos que a leitura nos proporciona. Quando tiver lido repita este gesto deixando-o a disposição de outra pessoa”.
Faça a sua parte, sensibilize outros da importância de se envolver com o estimulo a leitura. Nós acreditamos que um povo de bons hábitos culturais é capaz de intervir e mudar para melhor a sociedade.
Sydnei Ulisses integra o movimento de propagação da leitura – sydneiulisses@gmail.com , www.sydnei-ulisses.blogspot.com







sexta-feira, 5 de agosto de 2011

TRÃNSITO - EQUIVOCO IMPREGNADO SOBRE CICLOMOTORES

“até porque, não há Lei que obrigue a um piloto de motoneta usar capacete”, afirmação feita em uma matéria veiculada na imprensa e que parece ter sido atribuída a Diretora do HUSE – Dra Lycia Diniz. Dois equívocos precisam ser corrigidos, primeiro esclarecer que motoneta é uma classificação de veiculo em que o utilizamos sentado e que podemos encontrar em diversos modelos e capacidades não devendo ser confundido com ciclomotor (classificação especifica para veículos até 50 cc). Segundo que o Código de Transito Brasileiro (CTB), afirma em seu artigo 54 que os condutores... De ciclomotores só poderão circular nas vias utilizando capacete de segurança. E mais, o artigo 244 estabelece ser infração gravíssima conduzir ciclomotor sem usar capacete devendo ser aplicado multa, suspensão do direito de dirigir e recolhimento do documento de habilitação.
Longe de ser minha vontade criar qualquer constrangimento para a profissional de saúde entrevistada, apenas citei para demonstrar que a interpretação dada é quase unanimidade na sociedade, especialmente entre os usuários dos ciclomotores que acreditam não estar descumprindo qualquer obrigação quando deixam de proteger suas vidas com o uso dos capacetes.
Outro equivoco lamentável é que estes veículos podem ser conduzidos sem habilitação. O Código estabelece que para condução de ciclomotores é necessário passar pelo processo de habilitação e ter a Autorização para Conduzir Ciclomotores. A resolução 168/04 trata a questão com clareza demonstrando a importância de que as pessoas sejam preparadas para estar nas vias conduzindo estes veículos.
O que acontece em Aracaju é que o poder público estadual, para punir os infratores, esbarra na falta de registro e licenciamento dos veículos, que no caso dos ciclomotores é obrigação da prefeitura e que geralmente acontece por convenio firmado entre o Estado e Município.
Logo, não nos falta lei, nos falta vontade de fazer. É necessário que a pessoas entendam que é equivoco afirmar ser desnecessário capacete ou habilitação, ambos estão fartamente previstos na legislação de trânsito e precisam é serem cobrados por quem de direito.
Se a prefeitura deixa de fazer sua obrigação regulamentando a forma de registro destes veículos não permitindo a fiscalização como ocorre com os demais veículos automotores, seria oportuno o Estado cumprir a obrigação de coibir o trânsito de veículos sem registro e por pessoas não habilitadas. Quando um automóvel é conduzido sem os documentos de porte obrigatório, fica retido até a regularização e esta fiscalização cabe ao Estado.

Sydnei Ulisses é instrutor de trânsito – sydneiulisses@gmail.com

sexta-feira, 29 de julho de 2011

TRÂNSITO - A OMISSÃO QUE MATA

26 motociclistas perderam a vida no trânsito de Aracaju no primeiro semestre de 2011, número que se aproxima do total de mortes em motocicletas de 2010, 32 vitimas. Mantida a progressão teremos próximo de 60 vidas ceifadas este ano em decorrência da omissão generalizada que contagia os sergipanos.
O poder público, a revelia da razão e do que determina a legislação, permite o trânsito descontrolado de ciclomotores e atende a “lógica” do temor de não alcançar os melhores resultados eleitorais no ano que vem. Vejo com estranheza que as últimas decisões sobre ciclomotores e “pardais” atendam especialmente as criticas de opositores.
Até em supermercados a venda indiscriminada dos veículos que deveriam ter sua velocidade limitada a 50 km/h (ciclomotores), continua sendo apresentada como vantajosa a população. Implícito está a vantagem de não ser necessário o emplacamento, logo, livre de fiscalização.
A presença de jovens, muitos flagrantemente adolescentes e certamente com a conivência de seus responsáveis, continua marcando as avenidas da cidade. É notória a falta de capacetes, luzes, espelhos, enfim, são jovens treinados pelos pais a serem infratores já antes de serem responsáveis pelo que fazem.
Penso que a educação para o trânsito deve ocupar todos os espaços de convivência social: escolas, igrejas, famílias, centro comunitários e, sobretudo os centros de formação de condutores. Campanha educativa se faz usando mídias próprias, tv, rádio, panfleto e até abordagem feita diretamente nas vias. Mas, acredito que blitz feita por agentes de trânsito, municipais ou estaduais, não pode resultar em orientação sem punição sob pena de colocá-los em descrédito. Identificar o infrator e não punir é prevaricar.
Enquanto as autoridades não se posicionarem com firmeza no combate aos infratores. Enquanto a iniciativa privada limitar a sua preocupação ao faturamento e as famílias continuarem mostrando a incapacidade de estabelecer limites e conter os ímpetos dos adolescentes. Enquanto educação para o trânsito tiver foco nos veículos que estão nas vias ao invés de priorizar os agrupamentos sociais, continuaremos matando por omissão e interrompendo vidas quase sempre jovens.

Sydnei Ulisses é instrutor de trânsito – sydneiulisses@gmail.com

quarta-feira, 4 de maio de 2011

TRÂNSITO - A POLÊMICA DOS CICLOMOTORES

Segundo a definição do Código de Trânsito Brasileiro, ciclomotores são veículos que não ultrapassam 50 cilindradas e tem velocidade limitada a 50 km/h. Para os Aracajuanos que estão habituados a ver estes veículos transgredindo regras, desrespeitando semáforos, com condutores sem capacetes e certamente sem habilitação, transitando até sobre calçadas, é simplesmente risível acreditar em qualquer tipo de limite, sobretudo de velocidade.

Medidas para regulamentar a presença destes veículos nas vias da capital sergipana, chegaram a ser ensaiadas com uma Lei Municipal que vigoraria a partir de 02 de maio. Infelizmente, o que parecia ser um avanço para trânsito da cidade, deixou de acontecer por decisão dos poderes que precisariam se unir em convênio para efetivação das regras.

Prevaleceu a defesa do que alguns chamam de “reflexo social” com a afirmação de que o custo de licenciamento dos veículos e ainda a obrigação de estar habilitado para a condução dos ciclomotores, vai inviabilizar a utilização destes veículos pelos usuários de menor renda.

A meu ver um sério equívoco, primeiro porque o Código de Trânsito Brasileiro é imperativo e não deixa dúvida quanto à necessidade de ser habilitado com CNH ou ACC para transitar com ciclomotor, logo, se não fiscalizados é por omissão generalizada de quem deveria fazer – o município e o estado.

Em segundo lugar porque vemos basicamente dois perfis de pessoas utilizando estes veículos: jovens evidentemente de menor idade e cidadãos com ares de trabalhadores que podem perfeitamente serem beneficiados por programas do governo que os habilitem e os tirem da marginalidade do trânsito, Isto sim seria uma medida social adequada.

Quanto aos jovens trata-se de responsabilidade familiar mesmo, qualquer pai que entrega ao filho menor, sem habilitação e sem maturidade, um veiculo automotor (ciclomotor, carro, moto...), está oferecendo-o aos riscos do trânsito sob pena de não vê-lo se tornar adulto, vez que a maioria das vitimas fatais do trânsito são jovens.

A junção da omissão do poder público com a irresponsabilidade de pais é que agravam as estatísticas sergipanas registrando em média 500 óbitos por ano. Em Aracaju, com ciclomotores transitando livres e soltos e com as velocidades liberadas para os que podem mais, devemos esperar números sempre muito tristes.

O Gestor pode até acalmar os ânimos de alguns dando guarida aos discursos oposicionistas, mas certamente adiará a possibilidade de avançar na moralização do trânsito da capital sergipana para de fato, valorizar a qualidade de vida e da vida das pessoas.

Sydnei Ulisses de Melo é instrutor de trânsito – sydneiulisses@gmail.com

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CONSUMIDOR - PUBLICIDADE ABUSIVA

Reconheço a publicidade brasileira como muito criativa, imagino até que esteja entre as melhores do mundo, mas é necessário bom senso e cuidado com o que apresentamos aos consumidores. Nossa sociedade já é suficientemente violenta e encarna os preconceitos raciais, sociais, de gênero, entre outros, com muita propriedade, são inúmeros os exemplos que temos, assim, entendo que a publicidade precisa ser cuidadosa para não estimular praticas que condenamos.
Quando o Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi elaborado, seus autores preocuparam-se em estabelecer limites para os apelos da publicidade. A Lei estabeleceu que “é considerado publicidade abusiva, dentre outras, a discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança”.
Tenho assistido uma publicidade da marca Renault com apreensão: uma pessoa com veiculo sem combustível pega carona e conhece as vantagens do veiculo Renault, na volta despeja a gasolina que comprou na lataria do seu carro, toca fogo e provoca uma grande explosão.
Na primeira vez que vi a publicidade achei de gosto discutível e imaginei que seria retirada pelos órgãos de fiscalização publicitária, para minha surpresa ela continua sendo veiculada.
Penso que tocar fogo no veiculo da outra marca, como apelo aos consumidores que não possuem veículos do anunciante, foi um equivoco. A discriminação veio acompanhada da incitação a violência e do desrespeito a valores ambientais.
Entendo que a publicidade ofende as pessoas que não possuem veículos da marca e literalmente sugere que se livrem deles, mesmo que seja necessário tocar fogo no seu patrimônio. A imagem é violenta e mostra uma grande explosão que pode ser vista a distancia, poluindo o ambiente. “Onde já se viu tocar fogo em carro?”.
Espero que os militantes da defesa dos consumidores avaliem a publicidade que a meu ver é abusiva e contraria direito básico dos cidadãos previsto no CDC.
Sydnei Ulisses de Melo é consultor das relações de consumo – sydneiulisses@gmail.com

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CONSUMIDOR - PREÇO CORRETO

Diz o Código de Defesa do Consumidor (CDC) que o preço dos produtos deve ser informado de forma clara (sem a necessidade de cálculos), precisa (sem variação) e ostensiva (em formato, tamanho e localização facilmente visualizável).
Os supermercados ainda usufruem um beneficio da Lei que permite a utilização de informação na gôndola, com descrição, valor e código de barras, com leitores de código de barras distribuídos na área de venda para quando eventualmente o consumidor não localizar o preço do produto.
Estive em um hipermercado na região sul da cidade, na Av. Melício Machado, e observei que um dos itens, identificado com etiqueta vermelha e letras grandes, oferecido ao vantajoso preço de R$ 5,98, na verdade custava R$ 9,30, fato só percebido na hora do registro da compra no caixa, momento em que por acaso eu estava de olhos no monitor e estranhei diferença de preço.
Interpelado quanto ao prejuízo causado a outros consumidores, o representante da gerencia se limitou a afirmar que não era possível saber se outras pessoas haviam sido prejudicadas e que era apenas a falta de atualização do sistema.
De fato o prejuízo neste caso é difuso e jamais saberemos quantos e quem foram os prejudicados pela “falta de atualização do sistema”. Independente do mérito se houve ou não intenção, até porque partimos sempre do principio da boa fé, pessoas foram lesadas ao preferirem aquele estabelecimento e comprarem aquele item.
Este tipo de problema não é raro, mas em nenhuma hipótese pode ser tratado com simplicidade. Os supermercados devem perseguir a perfeição da precificação e cabe ao poder publico exercer o poder de fiscalização punindo tais casos para que os consumidores sejam protegidos.
Conheço cidades em que sistematicamente o Procon visita supermercados, colhe diversos itens em gôndola e faz a necessária conferencia de preços no registro do caixa. No caso de se encontrar item com incompatibilidade de preço o estabelecimento é autuado nos termos do CDC podendo pagar multas que variam de R$ 200,00 a R$ 3.000.000,00.
Com a fiscalização as empresas se motivam a investir mais e policiar a eficiência do sistema de preços evitando prejuízo aos consumidores e aumentando a credibilidade da relação de consumo.
Além da possibilidade de estarmos pagando mais que o preço informado para os produtos, ainda nos deparamos com filas de caixa que perdem para os bancos, e com os sistemas de climatização ineficientes, nos obrigando a verdadeiro martírio na hora de abastecer a despensa.
Assim, minha sugestão é que não nos descuidemos do monitor do caixa mesmo sendo quase impossível decorar os preços de gôndola para conferir no caixa, e mais, reclamemos a gerência e ao Procon sempre que tais fatos marcarem as nossa visitas aos supermercados.
Sydnei Ulisses de Melo é consultor das relações de consumo - sydneiulisses@gmail.com

segunda-feira, 28 de março de 2011

TRÂNSITO - A FALTA QUE FARÁ OS “PARDAIS”

O mês de março foi marcado pela polêmica dos radares em Aracaju. Com a recomendação do Tribunal de Contas temos ouvido que os radares da cidade estão desativados, logo as multas por excesso de velocidade não serão processadas, o que para muitos é um grande alivio.
Penso que a medida divide opiniões. Eu, por exemplo, entendo que os radares são necessários para inibir os menos preocupados com a vida, sobretudo a dos outros, que andam em velocidades inadequadas causando acidentes e ceifando vidas.
Segundo estatística do IML, pelo menos 500 pessoas perdem a vida no transito sergipano todos os anos, sendo 20% deles na grande Aracaju. Não houvesse outros motivos a estatística seria suficiente para justificar a manutenção dos “pardais”, ao menos até que se comprove irregularidade na aferição e funcionamento destes equipamentos.
A falta de controle da velocidade vai agravar a vulnerabilidade dos já frágeis pedestres. Todos sabem que excetuando a travessia do calçadão da João Pessoa e dos dois Shoppings Centers da cidade, onde os motoristas se condicionaram a permitir a passagem de pedestres, ou as pessoas correm para atravessar em segurança, mesmo na faixa própria, ou são atropeladas.
Os ciclomotores, aqueles vendidos em supermercados, que transitam irregularmente nas vias da cidade, desrespeitando semáforos, conduzido por pessoas sem habilitação e quase sempre sem capacetes (equipamento de segurança elementar para quem se dispõe a estar na via em um veiculo de duas ou três rodas) serão presa fácil dos mais velozes, hoje inibidos pelos equipamentos redutores de velocidade.
Os motociclistas também devem passar aperto nestes dias de “liberdade de velocidade”, primeiro porque o comportamento normalmente já é discutível vez que há indícios de que a maioria dos motociclistas não são habilitados, (60% deles segundo pesquisa ibope de 2007), logo, transitam sem noção dos cuidados e comportamento defensivo para este tipo de veiculo, o que justifica o grande número de acidentes com motocicletas (60%) mesmo com os controladores de velocidade funcionando regularmente.
Infelizmente acredito que enquanto durar a decisão de manter os radares fora de funcionamento e tão logo os condutores infratores percebam isso, sofreremos com o aumento do numero de acidentes que já é bastante significativo na cidade (mais de 5000 ao ano), e por certo também teremos vidas ceifadas como conseqüência.
Quero estar equivocado em minha opinião, afinal sabemos que das vitimas 60% são jovens motociclistas e 70% deles com menos de trinta anos. Deus nos guarde e proteja nossos jovens.
Sydnei Ulisses de Melo é instrutor de trânsito – sydneiulisses@gmail.com

sexta-feira, 11 de março de 2011

CONSUMIDOR

20 ANOS DE VIGENCIA DO CDC
Em 11 de março de 1991 entrou em vigor o Código de Defesa do Consumidor. Defender a aplicação e o respeito à Lei exigiu dos abnegados militantes da área muita dedicação e trabalho. Apesar do esforço da sociedade, penso que os avanços foram discretos e que falta muito para a conscientização de consumidores e fornecedores.
Nós, consumidores, ainda pouco exigentes, deixamos passar o cumprimento de direitos elementares que extrapolam a relação de consumo: o direito a informação clara, precisa e ostensiva.
Basta nos dirigirmos a qualquer centro de compras para perceber que informar preço à vista de produto exposto como manda a Lei, dando ao consumidor o conhecimento e a possibilidade de comparar sem ser abordado, está longe de ser prioridade da maioria dos comerciantes, seja em lojas de Centro ou dos mais sofisticados aglomerados comerciais.
Se considerarmos os pagamentos a prazo, aí então não temos qualquer chance de conhecer o montante real dos juros cobrados, seja em atendimento as regras do Banco Central ou mesmo a Leis Estaduais como a existente em Sergipe que determina a informação do Custo Real da Operação financeira nas situações de ofertas a prazo.
Fico incomodado ao ver os comerciais televisivos que subestimam a inteligência das pessoas expondo textos enormes com letras microscópicas, imagino que sirvam para esconder o que o consumidor devia realmente saber.
Enfim, estamos longe de termos uma relação de consumo em que o equilíbrio, a valorização e o respeito ao consumidor despontem como objetivos efetivos dos fornecedores.
Percebo que muitos comerciantes não reconhecem a responsabilidade de se aliar aos consumidores na defesa da garantia de produtos e do atendimento, cobrando de fabricantes e prestadores de serviço o compromisso com a satisfação de quem efetivamente garante a existência do mercado.
É hora de percebemos que o exemplar do CDC colocado a disposição dos consumidores nos balcões de atendimento, mas que ser um símbolo da existência da Lei, deve fundamentar as posturas dos comerciantes na relação com os cidadãos.
Creio que a alternativa para mudar esta realidade é investir em campanhas educativas promovidas não somente pelo poder publico, para todas as faixas etárias, sobretudo para as crianças, que dêem conta de contribuir para a formação de consumidores mais conscientes e exigentes, por conseqüência melhores fornecedores.
Sydnei Ulisses de Melo é consultor das relações de consumo e coordenador do Procon de Ribeirão Preto no período - 2001/2004 – sydneiulisses@gmail.com

sábado, 12 de fevereiro de 2011

DEIXEM O SOCORRO PASSAR

Estabelece o Código de Trânsito Brasileiro que os veículos em operação de socorro, devidamente identificados, sobretudo com a sinalização sonora acionada, têm preferência de passagem na via devendo os demais veículos saírem para a faixa da direita deixando livre a esquerda da via. O Código prevê ainda que o condutor pode ser multado em R$191,00 mais 7 pontos na carteira caso deixe de cumprir a regra.
A lei determina a regra e prevê a punição, mas está longe de conscientizar os condutores da real importância de deixar o socorro passar: a preservação da vida das pessoas.
Tratando especificamente o socorro nos acidentes de trânsito, o que vemos no dia-a-dia é lamentável. O reclamo popular diz que o serviço prestado pelo Estado é demorado e que o tempo de resposta do SAMU poderia ser menor, porém, é comum vermos sirenes disparadas e veículos estáticos na faixa da esquerda impedindo a passagem das ambulâncias.
Os manuais de primeiros socorros ensinam que nos casos de parada cardio-respiratória e a conseqüente falta de oxigenação deve ter rápida intervenção de socorro e que período superior a 4 minutos sem que isso ocorra quase sempre resulta na morte do acidentado.
0utro dado importante é que 60% dos acidentes com vitimas envolvem motociclistas e que 70% destes condutores são homens com idade entre 15 e 29 anos. Mesmo que não houvesse outras razões só a de estarmos interferindo na chance de sobrevivência das vitimas de trânsito já é suficiente para que sejamos conscientes e comprometidos em desobstruir a faixa da esquerda para as ambulâncias passarem.
Devemos ainda considerar que quando nos referimos aos acidentes de trânsito igualmente estamos sujeitos: nós, nossos familiares, filhos, pais, mães, nossos idosos, afinal somos todos pedestres quando fora dos veículos e quando dentro dos carros também estamos correndo o risco de sermos envolvidos nos inúmeros acidentes e mortes do trânsito.
Assim, nos resta entender que ao impedir a passagem da ambulância e retardar sua chegada ao local de um acidente de trânsito, podemos estar prejudicando o salvamento de um estranho ou de um de nossos familiares. Antes de hesitar em mudar de faixa, pense nisso.
Respeitar o direito a vida deve ser sempre o nosso maior objetivo, no trânsito ou em qualquer outra situação do nosso cotidiano.

Sydnei Ulisses é consultor das relações de consumo e trânsito sydneiulisses@gmail.com

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Gentileza gera gentileza

BOM DIA PARA VOCÊ TAMBÉM!!

Bom dia! Voltamos para a rotina após as festividades, nestes dias não faltaram beijos, abraços, pedidos de perdão, promessas de mudanças e inicio de dietas para perder peso e alcançar o padrão de beleza que sabe Deus quem inventou.

Os adivinhos de plantão se arriscam a afirmar as mais óbvias previsões: este ano teremos chuvas, nevascas, catástrofes, a presidenta empossada vai precisar de muito jogo de cintura para acomodar as vontades dos aliados, viram quantas questões difíceis de serem previstas!?

O fato é que iniciamos o ano com as esperanças renovadas, sentimento comum ao povo brasileiro que não desiste nunca. Fato é que podemos fazer mais e melhor seja qual for a nossa área de trabalho e especialmente às pessoas do nosso convívio.

Precisamos mesmo é rever nossas atitudes e cuidar das nossas relações com a família, colegas de trabalho, na escola e em todos os grupos de pessoas que temos o privilégio de conviver.

Ousar e fazer o novo, surpreender as pessoas com palavras e atitudes de gentileza pode ser um bom começo para fazermos de 2011 um ano especial e agradável.

Eu e minha família decidimos propagar as praticas de gentileza, pode ser que nos encontremos por aí e você seja convidado a responder um cumprimento caloroso de bom dia. Acreditamos que pequenos gestos e a determinação de saudar e desejar o bem às pessoas podem melhorar em muito as nossas vidas.

Por muitas vezes o seu bom dia não será respondido, anime-se e siga em frente, felicidade e educação nem sempre fazem parte do dia-a-dia de todos, por isso não desista nunca, contagie, sorria, interfira positivamente na vida das pessoas independente do humor que ela expressa.

Lembre-se que toda mudança de atitude positiva deve começar na família, assim, se você ainda não se habituou a desejar bom dia a esposa, filhos, pai, mãe e irmãos é bom fazer a lição de casa.

Assim, desejamos que 2011 seja especial para você, com mudanças de atitude e a certeza de que recebemos o que somos capazes de oferecer e que Gentileza Gera Gentileza. Bom dia para você também!!

Sydnei Ulisses de Melo é consultor das relações de consumo e trânsito