quarta-feira, 31 de outubro de 2012

QUERO O MELHOR QUE EXISTIR

Tenho ouvido e lido criticas ao fato do governador Marcelo Deda estar em busca das melhores alternativas para a cura do câncer que o aflige neste momento. Alguns, no limite da insensibilidade, fazem discursos até agressivos porque entendem que ele deveria limitar seu tratamento a Aracaju e de preferência ao HUSE. Recentemente tive um caso de câncer na família e entre as idas e vindas do plano de saúde, fomos atendidos no HUSE para as sessões de radioterapia, sendo esta a única alternativa no Estado. De outra forma e dependendo do plano de saúde deveríamos viajar para a cidade base da empresa onde seria disponibilizado o tratamento, o que seria inviável econômico e tecnicamente. Destaco que o tratamento realizado pelos profissionais da área em Aracaju foi excelente e culminou com a liberação da paciente após os procedimentos. Hoje fazemos acompanhamento para evitar surpresas, mas a nossa querida mamãe esta curada. Mas, qual o cidadão que tendo a possibilidade de oferecer o melhor tratamento ao seu familiar ou a si, deixaria de procurar o reconhecido e respeitado tratamento dado pelo hospital Sírio Libanês? Parece-me demagógico e oportunista criticar o governador, sobretudo porque resta claro que o custo de seu tratamento cabe exclusivamente a ele e a seus familiares. Entendo que se a critica é devido ao fato de ele ser o gestor maior da saúde e não utiliza-la neste momento, valeria fazer algumas considerações para reflexão da sociedade. Afinal, que sentido faz a existência de planos de saúde geridos pelo Estado para atender servidores públicos? Não são eles os prestadores de serviço para os demais sergipanos? Será que os professores da rede pública estadual se recusam a oferecer os bancos das escolas particulares a seus filhos? Afinal não são eles que estão diariamente comprometidos com a formação das nossas crianças, especialmente as de menos poder aquisitivo? E que sentido faz tirar o filho do convívio daqueles que ajudamos a formar? Penso que a reflexão sobre o respeito e o crédito que damos aos serviços públicos oferecidos aos sergipanos precisa passar por uma avaliação severa. Precisamos estimular o resgate do comprometimento daqueles que participaram de concursos públicos e se habilitaram a serem prestadores de serviço. Por óbvio não seria leviano generalizando a falta de compromisso, pois a maioria dos servidores honra os benefícios de servir a população, mas também há muitos que nem de longe estão comprometidos com a satisfação das comunidades que atendem. Entre eles encontraremos profissionais de todas as áreas: professores, médicos, técnicos, administrativos...Etc. a categoria em que todos são bons profissionais ainda não existe. Assim, médicos e servidores da saúde, na primeira oportunidade, buscam atendimento fora do SUS. Será por não confiarem nos colegas servidores ou simplesmente por buscarem sempre o melhor que existir? São muitos os professores da rede publica que matriculam seus filhos na rede privada. Será por não acreditarem na formação de seus colegas ou por entenderem que se houver alternativa querem sempre o melhor para os seus herdeiros? Sendo assim, me parece adequado deixar o oportunismo e a demagogia de lado, para que o governador procure o que houver de melhor para a sua cura e queira Deus, volte para continuar a gestão auferida pela vontade do povo sergipano. Sydnei Ulisses é militante político e cristão – sydneiulisses@gmail.com

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