domingo, 28 de dezembro de 2008

A crise e a especulação

consumo 08.12.08

A QUEM INTERESSA A CRISE?

Nos últimos dias temos ouvido o anúncio do caos na economia mundial. Governos de inúmeros paises em todos os continentes anunciam ajudas milionárias aos "pobres" banqueiros que sinalizam a quebradeira em prejuízo de toda a sociedade.
Mas afinal a quem interessa a proclamada crise econômica? Dê certo não é aos trabalhadores que deixam suas casas diariamente, lotam fábricas e comércios, produzem por horas a fio e não dão conta de entender o que está acontecendo.
Apesar dos insistentes anúncios feitos pelo Presidente Lula de que o comércio será incentivado com linhas de crédito direto ao consumidor, sobretudo no mês de dezembro e inicio de 2009, e a garantia de recursos para os programas habitacionais que nunca estiveram tão fortalecidos, percebe-se uma certa intranqüilidade no mercado com sinais de retração.
A população precisa se dar conta de que a crise afetará o Brasil na exata medida dos nossos medos e crenças. Se acreditarmos que devemos guardar os nossas economias adiando planos, deixando de comprar bens necessários e até os presentes de natal, aí sim a crise baterá a nossa porta.
Comércio que não vende demite comerciários, indústria que não vende demite industriários, trabalhadores sem emprego consolidam a tal crise que só interessa àqueles que vivem da especulação do dinheiro, de taxas de juros, de crédito caro e outros formas de ganho dos endinheirados espalhados pelo mundo.
Como militante da defesa do consumidor quero deixar claro que não estou pregando o consumo desmedido, apenas acredito que as pessoas devem viver suas vidas sem medo de ser feliz, a realidade brasileira se diferencia no contexto mundial e ainda que o momento não permitisse tal certeza, sabemos que as crises econômicas resultam da luta de interesses dos que produzem e dos que especulam.
Vejam que mesmo com os tantos anúncios de ajudas a bancos e grandes industrias, especialmente as automotivas, continuam os rumores de que haverá desemprego, aumento dos juros, diminuição do crédito, recessão, sofrimento. A fome mundial sumiu da pauta, discute-se apenas a fome dos banqueiros.
Valorize seu dinheiro, compare preços, seja exigente na escolha da qualidade dos produtos, dê preferência para o pagamento à vista com a pechincha necessária, se for comprar a prazo compare parcelas partindo do mesmo numero de vezes, mas compre o que for necessário. A crise tem o tamanho que quisermos que ela tenha e se fortalecida poderá comprometer inclusive os nossos empregos.

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