domingo, 28 de dezembro de 2008

Trânsito


01.02.2008
EXEMPLOS NO TRÂNSITO


Na última semana vimos a polêmica indicação de Amaury Hernandes para integrar o Conselho Estadual de transito de São Paulo, órgão que entre outras prerrogativas julga recursos de multas de trânsito.
O indicado do governador Jose Serra acumula 28 pontos na carteira e alega que não cometeu as infrações, segundo ele a responsabilidade é de outro motorista que comprou seu carro. Destaque-se que Amaury é secretário de trânsito em São José do Rio Preto – SP, e seguramente sabe que quando vendemos um automóvel é importante tirar cópias autenticadas do recibo de venda e protocolar a informação no órgão de transito, transferido a responsabilidade de eventuais multas para o comprador.
Enfim, o caso Amaury serviu especialmente para que passemos a observar a postura dos condutores da frota pública. Não é raro verificarmos viaturas e carros públicos em situação irregular no trânsito das cidades.
Outro dia peguei uma carona com um amigo policial e verifiquei a inexistência do cinto de segurança, questionado quanto a falta não teve dúvida em afirmar: “Isto é carro de polícia rapaz”, como se policial não voasse pelo pára-brisa ou se debatesse dentro do carro.
O Código de Transito Brasileiro – CTB também determina que crianças com idade inferior a 10 anos devem ser conduzidas no banco traseiro com cinto de segurança, no entanto dia desses verifiquei uma viatura da ronda escolar conduzindo criança em pé no banco traseiro, pior exemplo seria impossível.
Viaturas de emergência só estão dispensadas do cumprimento do CTB em situação de atendimento emergencial, com sinal sonoro (sirene) e luminoso ligado, o que assegura a preferência de passagem e parada nas vias. Rigorosamente comum é observar a passagem destas viaturas em semáforos fechados e realizando conversões proibidas como se estivessem liberados para isso.
Fato é que está passada a hora de prefeitos e governadores cobrarem o cumprimento do CTB, sobretudo por seus representantes que conduzem carros oficiais pagos com o dinheiro público.
Podiam começar determinando a participação destes condutores em cursos de direção defensiva, primeiros socorros e legislação, sistematicamente, para que sejam atualizados de suas obrigações, deveres e direitos, independente de terem feito a atualização na renovação da CNH.
Verificamos alguns prefeitos mais dedicados investindo em campanhas educativas, o que vemos com louvor, enquanto muitos motoristas da frota pública maculam o trabalho cometendo infrações descaradas e flagrantes apostando na impunidade e no jeitinho corporativo.

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