domingo, 28 de dezembro de 2008

Lei seca - a favor da vida

Lei Seca 15.07.08
DIREITO A VIDA


Os hospitais paulistanos tiveram redução de 19% no numero de atendimentos a acidentados, já nas rodovias a redução foi de 45%. O SAMU de Sergipe também registrou queda de 45% nos atendimentos dos primeiros dez dias do mês de julho. Salvador registrou 54% menos acidentes.
A Lei 11.705/2008 que alterou o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e passou a ser fiscalizada em 20 de junho de 2008, começa a apresentar os primeiros resultados. Os hábitos estão sendo alterados e aos poucos os condutores vão percebendo a importância desta iniciativa.
Não faltaram críticas em nome da manutenção dos direitos individuais, as manifestações pontuaram em todo o território brasileiro. Algumas defesas curiosas me chamaram a atenção como a preocupação com os usuários de anti-séptico bucal, da ingestão de álcool contido em medicamentos, e até da dificuldade que os padres teriam para dirigir após as missas de domingo.
A polêmica invadiu todos os espaços: lares, escolas, empresas. Como profissional da área tive a oportunidade de ouvir jovens não habilitados criticarem a lei como se estivessem sendo afetados por ela, e talvez estejam mesmo já que 30% dos condutores o fazem sem habilitação.
Equivocadamente chamada de Lei Seca como se alguém estivesse proibido de beber e fazer o que bem entender, o que não espelha a verdade, já que a nova lei exclui apenas o direito de conduzir um veiculo no trânsito brasileiro estando sob efeito de bebidas alcoólicas, as adequações necessárias vão surgindo.
Sabemos que não falta criatividade aos empresários brasileiros que a exemplo do que acontece em países da Europa onde é comum o próprio bar se encarregar do transporte seus clientes, os donos de bares estão tratando de facilitar a vida de quem quer beber. Transporte próprio, convênios com taxistas e motoristas a disposição, aos poucos vão fazendo parte da nova realidade de quem serve bebidas alcoólicas.
O fato é que apesar das manifestações e críticas esta prevalecendo o direito individual a vida, o que temos visto com a redução dos acidentes e conseqüente diminuição do número de vítimas no trânsito. Os ajuste vão acontecer e a lei será aperfeiçoada para que ninguém seja desrespeitado, só não é razoável voltar a estabelecer limites que permitam a ingestão de bebidas como se a reação das pessoas fosse previsível.
Todos sabemos que cada pessoa reage diferentemente a mesma quantidade de bebidas, sendo arriscado e imprevisível supor que 6, 8 (decigramas) ou seja qual for a quantidade de álcool por litro de sangue, possa garantir os mesmos resultados que temos observado nestes dias.
Convencer os motoristas que cinto de segurança salva vidas foi uma árdua caminhada e ainda existem pessoas que insistem em desrespeitar a lei arriscando a própria vida. Conscientizar os condutores da importância de não beber quando for dirigir não será diferente, exigirá a união da sociedade e das autoridades para promover a conscientização e as punições necessárias, tudo a favor da preservação da vida

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